No dia 9 de agosto, às 14h, na programação do XVIII Enecult, acontecerá a Mesa coordenada Diversidade Cultural, Políticas e Desenvolvimento.
Observa-se um crescente questionamento e enfrentamentos da história colonial eurocêntrica e dos distintos processos que sustentam as bases de constituição do conhecimento ocidental. Esse movimento coloca em debate as perspectivas que envolvem as questões de diversidade cultural, políticas culturais e modelos de desenvolvimento. Desse lugar, esta mesa coordenada se predispõe em apresentar algumas práticas de violência colonial e, consequentemente, refletir sobre alternativas advindas do campo da cultura e dinâmicas interculturais, potentes para outras possibilidades de leitura do mundo contemporâneo e compreensões de um desenvolvimento mais aberto e plural à humanidade. Inscrevem-se três proposições distintas, mas complementares: A primeira traz o resultado de uma entrevista com Dan Hicks dentro do tema “The Brutish Museums. The Benin Bronzes, Colonial Violence and Cultural Restitution”, o qual aborda os refluxos da restituição do património cultural africano roubado e a brutalidade colonial no Benin (Nigéria); Na sequência, apresenta-se uma tentativa de tradução da definição de empretecer anunciado pela escola de samba GRES Beija Flor, em que realça a existência de um projeto de Brasil com o protagonismo da ancestralidade e cultura do povo preto; Fecha a mesa a proposta de se pensar a teoria do desenvolvimento por intermédio das referenciais decoloniais, o que pressupõe inverter as noções hegemônicas da teoria, ou seja: desenvolvimento não é lugar pronto e de chegada, mas processo, encontro, tradução, sempre a partir de sua complexidade e pluralidade.
🗓️ 09/08
⏰ 14h
🌎 Online – Youtube – https://www.youtube.com/Enecult
Coordenação de André Luiz da Silva (UNITAU) – Doutor em Ciências Sociais. Professor de Sociologia e Antropologia do Instituto Básico de Humanidades da Universidade de Taubaté (UNITAU). Pesquisador do Núcleo Interdisciplinar de Pesquisas de Práxis Contemporâneas. Docente colaborador do Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Humano da Universidade de Taubaté (UNITAU).
Carlos Alberto Máximo Pimenta (UNIFEI) – Doutor em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP). Professor do Programa de Mestrado em Desenvolvimento, Tecnologias e Sociedade (DTecS/UNIFEI). Colabora em projetos da Rede Nacional de Políticas Culturais e Ambientais. Membro da Associação Brasileira de Estudos Sociais das Ciências e das Tecnologias (ESOCITE.BR).
Suzana Lopes Salgado Ribeiro (UNITAU) – Historiadora com mestrado e doutorado em História Social pela Universidade de São Paulo. Realiza pesquisas sobre movimentos sociais e educação registrando narrativas de história oral de vida. Hoje, é professora de programas de pós-graduação na Universidade de Taubaté – Unitau e no Centro Universitário Sul de Minas – UNIS.
Vítor de Sousa (Universidade do Minho, Portugal)- Doutorado em Ciências da Comunicação/Teoria da Cultura, desenvolve investigação sobre identidade nacional, memória, estudos culturais, educação para os média e teorias de Jornalismo. É investigador do CECS-Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade, onde coordenou o Grupo de Estudos Culturais e é cocoordenador do Seminário Permanente de Estudos Pós-coloniais. É sócio da Sopcom-Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação, onde coordena o GT de Comunicação Intercultural.
A atividade faz parte do GT Diversidade Cultural do XVIII Enecult, que acontece entre 9 e 12 de agosto, de forma híbrida.