Representantes do MAM e Mercado Iaô falam sobre inovações culturais

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Foto por Brisa Andrade

“A inovação é uma palavra cheia de ruídos”, com esta provocação, a gestora da recentemente extinta Secretaria de Economia Criativa do Ministério da Cultura, Cláudia Leitão, iniciou os trabalhos do Relato de Experiência Inovações Culturais, na tarde do dia 12 de agosto, no auditório do PAF III da UFBA, durante o XI Enecult.

Para Cláudia Leitão, a economia criativa é um conceito em construção. “Sabemos que é a economia do intangível, do simbólico, mas eu sempre me coloco como militante desta área, pois a considero estratégica para o Brasil.” Leitão pontua que há uma carência de dados e de conhecimento da economia criativa e da inovação, no sentido de mapeamento de cadeias produtivas, de diagnósticos, de informações mais concludentes sobre esses setores.

O primeiro convidado da sessão foi Marcelo Rezende, diretor do Museu de Arte da Bahia (MAM-BA) e curador-chefe da 3ª Bienal da Bahia, realizada em 2014. Para ele, “a Bienal não é uma exposição. É um projeto de pesquisa contínuo. A proposta foi gerar espaços possíveis para a criação artística, à pesquisa e descoberta de acervos olvidados, ao jogo entre memória e percepção presente, gerando todo um momento propício para discussões acerca da arte contemporânea e o próprio lugar da Bahia”.

Dando continuidade à mesa, Teresa Carvalho, diretora de Projetos da Fábrica Cultural, contou, com auxílio de recurso audiovisual, que a multiplicidade de propostas artístico-culturais, o fomento ao empreendedorismo e o resgate da identidade cultural da Bahia foram às linhas desenhadas na proposta de criação do Mercado Iaô. A cantora Margareth Menezes é a presidente da organização, que está funcionando na área externa da antiga Fábrica de Linhos Nossa Senhora de Fátima, no bairro da Ribeira, Cidade Baixa e tenta cumprir a função de fazer da cultura um fio condutor para a inclusão socioeconômica e desenvolvimento social, reforçando as possibilidades da produção cultural da região da Península de Itapagipe.

Texto de Jamile Souza