PRIMEIRO DIA DO SIMPÓSIO OS TRABALHADORES DA CULTURA NO BRASIL: CRIAÇÃO, PRÁTICAS E RECONHECIMENTO

PRIMEIRO DIA DO SIMPÓSIO OS TRABALHADORES DA CULTURA NO BRASIL: CRIAÇÃO, PRÁTICAS E RECONHECIMENTO

Foto: Marco Queiroz
Texto: Roberto Junior

O Vale Cultura, estatísticas e as formas de reconhecimento político-profissional foram debatidos no primeiro dia (14) do simpósio sobre os trabalhadores da cultura no Brasil, que ocorreu no auditório 2 do PAF V. A atividade foi coordenada por Mariella Pitombo (UFRB), com explanações de Frederico Barbosa (IPEA); Elder Alves (UFAL) e Alexandre Barbalho (UECE). O comentador do simpósio foi Ugo Mello, pesquisador da área de formação para profissionalização da cultura.

“Há uma série de indicadores do campo da cultura que precisam de atenção, todo indicador tem uma expressão numérica e uma dimensão conceitual.”, afirmou Frederico Barbosa ao iniciar sua exposição, trazendo abordagens sobre os indicadores e as estatísticas no campo da cultura. Barbosa ainda realizou diversas reflexões sobre o mercado de trabalho cultural no Brasil e ao finalizar disse que “grande parte do trabalho da cultura é amador e multifuncional”.

Elder Alves iniciou sua fala abordando a necessidade de se criar conteúdos originais o tempo todo para a cultura, e destacou a importância do audiovisual, que hoje detém o maior mercado cultural do mundo. Alves ainda citou o exemplo de empresas como a Google, Amazon, Facebook e Apple e de empresas de serviços de streaming como o Netflix, que estão fazendo os conteúdos migrarem para os smartphones. “Não dá para falar de trabalho sem citar essas empresas que dominam o mercado.”, afirmou.

O Vale Cultura (VC) e o mundo do trabalho cultural foram os assuntos abordados por Alexandre Barbalho, que analisou a importância do programa Vale Cultura implementado no governo Lula, com execução entre 2014 e 2015. Barbalho afirmou que o VC foi um importante programa voltado ao trabalhador, com política de inclusão social e cultural, viabilizando a cultura como direito fundamental conforme consta na constituição, garantindo acesso ao consumo cultural. Alexandre Barbalho ressaltou ainda que a criação do programa foi um grande salto devido ao seu papel financiador do mundo do trabalho cultural e que os recursos do vale cultura superariam em grande escala os valores de recursos que são executados através da Lei Rouanet.

O lançamento do livro Os trabalhadores da cultura no Brasil: criação, práticas e reconhecimento, em que Alexandre Barbalho, Elder Alves e Mariella Pitombo organizam, acontece hoje (14), a partir das 17h​30​, no PAF III.

Confira todas as fotos do evento no nosso flickr.