MinC e UFBA realizam Pesquisa-ação para atender e formar 600 agentes culturais em todo o Brasil

Estão abertas, até o dia 14 de abril, as inscrições para agentes culturais de todo o Brasil que estejam interessados em participar da Pesquisa-ação: Agentes Culturais Democráticos, iniciativa do Ministério da Cultura (MinC) com a Universidade Federal da Bahia (UFBA). O projeto tem o objetivo de produzir e compartilhar conhecimentos, com base no diálogo entre a pesquisa e as experiências de 600 agentes culturais de todo o Brasil, para estimular e aprimorar as ações culturais democráticas na atual conjuntura vivida no país.

O projeto se insere nas ações de fortalecimento do Sistema Nacional de Cultura (SNC) e nas políticas de formação cultural do MinC, por meio da Secretaria de Formação Cultural, Livro e Leitura (Sefli) e da Secretaria dos Comitês de Cultura (SCC), com ênfase na formação de gestores e agentes culturais que atuam em políticas públicas e com projetos da sociedade civil.

Das 600 vagas disponibilizadas, 500 são abertas para o público geral. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas por pessoas de todo o território nacional que já tenham completado 18 anos e que participem de alguma organização cultural privada ou pública. Haverá reservas de vagas por estados e Distrito Federal e também para pessoas negras, indígenas, LGBTQIA+ e com deficiência. Clique aqui para acessar o link de inscrição

As outras 100 vagas serão destinadas a agentes culturais que atuam junto aos Escritórios Estaduais do MinC, Institutos Federais e Escolas Livres de Formação em Arte e Cultura.

As outras 100 vagas serão destinadas a agentes culturais que atuam junto aos Escritórios Estaduais do MinC, Institutos Federais e Escolas Livres de Formação em Arte e Cultura.

Todos os 600 agentes culturais deverão participar de encontros formativos e dialógicos entre maio e setembro de 2024. Serão 13 módulos que funcionam como eixos temáticos para os encontros de compartilhamento e troca de saberes entre 12 pesquisadores, 24 auxiliares de pesquisa e 600 agentes culturais envolvidos na pesquisa-ação. Estes encontros acontecerão em ambiente online e visam estimular o diálogo sobre temas vitais para a ação cultural sintonizada com os desafios presentes na conjuntura político-cultural brasileira e mundial. Ao longo das atividades formativas, os agentes culturais irão desenvolver Planos de Ação Cultural baseados em suas experiências culturais e nos diálogos estabelecidos ao longo do projeto.

“Desde 2003, transformações democráticas relevantes aconteceram nas políticas de apoio à ação cultural no país. Apesar da brutal interrupção ocorrida entre 2016-2022, as mudanças começam a ser retomadas em 2023. A Pesquisa-ação se inscreve no processo de reativação das transformações em uma conjuntura complexa com enormes desafios para a democracia”, explica o professor Albino Rubim, um dos coordenadores do projeto.

Para Fabiano Piúba, secretário de Formação Cultural, Livro e Leitura (Sefli), o projeto é uma parceria estratégica para o desenvolvimento de uma política de formação perene voltada para a qualificação de agentes e gestores culturais numa perspectiva de atividade formativa dialógica, compreendendo a produção de conteúdos em torno das políticas culturais. “Passando por aspectos conceituais e teóricos que servirão como parâmetros básicos e essenciais nas políticas de formação do MinC no âmbito do Sistema Nacional de Cultura”.

O secretário acredita que o projeto avança com a ideia da Pesquisa-ação e com o desenvolvimento de projetos de ação cultural para intervenção territorial que serão realizados por coletivos em regiões distintas do país. “No entanto, o projeto visa também uma formação mais abrangente de repertórios conceituais, metodológicos, práticos, técnicos e políticos, compreendendo o papel da cultura não só para a democratização do acesso aos bens e serviços culturais, mas também para o exercício pleno da democracia e fortalecimento do estado democrático de direito”, afirma Piúba. 

Para a secretária de Comitês de Cultura, Roberta Martins, o projeto é importante porque está alinhado com uma das construções centrais desta gestão, que é a participação popular. “Ouvir a experiência desses agentes culturais e usar toda a bagagem deles é crucial para a construção de políticas públicas culturais sedimentadas nas reais necessidades dos territórios. Investir na formação desses agentes democráticos, permitindo o encontro da experiência prática com conhecimentos científicos, é fundamental para que a gente dissemine a ideia da cultura como um direito social e que precisa de políticas robustas”, avaliou.

Estão envolvidos no projeto os seguintes pesquisadores da área cultural das Universidades Federais da Bahia e do Recôncavo da Bahia: Adriano Sampaio, Albino Rubim, Angela Andrade, Gisele Nussbaumer, Giuliana Kauark, Guilherme Varella, José Roberto Severino, Lourivânia Soares, Luana Vilutis, Mariella Pitombo, Meran Vargens, Ohana Boy e Sophia Rocha.

O projeto é uma realização do Ministério da Cultura (MinC) e da Universidade Federal da Bahia (UFBA), por meio do Centro de Estudos Multidisciplinares em Cultura (CULT) do Instituto de Humanidades, Artes e Ciências (IHAC), em parceria com a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), sendo executado administrativamente pela Fundação de Apoio à Pesquisa e à Extensão (Fapex).

Serviço:

Inscrições para agentes culturais de todo o Brasil
Projeto gratuito e online
Período de inscrição: 05 a 14/04/2024
Link: https://forms.gle/xXiwxdAxCHESrLhz5
Mais informações: http://cult.ufba.br/

Deixe uma resposta